O isolamento tecnológico da Rússia agora está completo: a Nokia e a Ericsson deixarão completamente as suas atividades naquele mercado até ao final do ano (dentro de apenas alguns dias).
A partir de 1 de janeiro de 2023, os dois gigantes nórdicos deixarão de fornecer equipamentos de rede para a Rússia, inclusive para administrações, governo ou exército.
“A nossa saída será completa. Não vamos entregar mais nada para a Rússia”, disse Pekka Lundmark, o CEO da Nokia.
O abandono do mercado russo por estes dois pesos pesados não é insignificante na medida em que metade dos equipamentos de rede na Rússia foi fabricado pela Nokia e pela Ericsson. Além do hardware, as duas empresas gerem também a componente de software capaz de gerir estes equipamentos.
Rússia perde o apoio da Nokia e da Ericsson
Vários analistas já estimam que, a longo prazo, esse novo inventário poderia levar a uma divisão tecnológica na Rússia: as grandes cidades da Rússia continuariam devidamente equipadas enquanto as vilas e cidades médias poderiam voltar a velocidades próximas às dos anos 90.
A gestão de avarias e cortes de rede também pode revelar-se anárquica. Diante dessas tristes perspetivas, o governo russo mostra relativa serenidade (na superfície?) e lembra que 100 biliões de rublos (cerca de 1,36 biliões de euros) foram disponibilizados para que as empresas russas possam produzir todos os equipamentos de rede necessários.
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Fundador do Noticias e Tecnologia, e este é o seu segundo projeto online, depois de vários anos ligado a um portal voltado para o sistema Android, onde também foi um dos seus fundadores.
Informático de profissão, e apaixonado por novas tecnologias, desportos motorizados e BTT.